O mês de junho vem aos poucos se transformando e cada vez mais sendo identificado com o mês do orgulho LGBTQIA+. Hoje em dia é comum ver perfis de redes sociais – como o de grandes empresas ou entidades – exibindo as cores representativas dessas comunidades. Em outros casos são criadas campanhas exclusivas para esse mês de celebração da diversidade e da luta contra o preconceito e no qual o ambiente digital pode ser um ótimo aliado.
Mas você sabe como surgiu o mês do orgulho LGBTQIA+? E como realizar uma campanha de marketing digital a partir desse tema? A seguir criamos alguns tópicos que podem lhe ajudar a responder essas perguntas.
Como surgiu o mês do Orgulho LGBTQ+
Em 28 de junho de 1969 ocorreu uma batida policial no bar Stonewall Inn, localizado no bairro boêmio de Greenwich Village, em Nova York. A acusação era de que os donos do bar estavam vendendo bebidas sem permissão, mas o real motivo todo mundo sabia: aquela região era conhecida por ser um reduto de bares gays e o Stonewall Inn foi mais uma vítima da violência policial praticada contra esse grupo.
O que torna essa data relevante é que, diferentemente das inúmeras vezes que os policiais entraram no bar batendo nos fregueses e levando os donos presos, nessa noite os frequentadores do local e pessoas que estavam por perto resolveram contra-atacar. Foram atiradas pedras e garrafas contra os policiais que tiveram que se refugiar dentro do local.
Encurralados, os agentes pediram reforços que, não podiam ser diferentes, dispersaram os revoltosos com mais violência. Mal eles sabiam que isso desencadearia uma série de protestos e revoltas nos seis dias seguintes por toda aquela região.
Pessoas envolvidas em grupos que lutavam pelos direitos da comunidade LGBT perceberam a força daqueles acontecimentos e marcaram para um ano depois uma passeata. Foi a primeira “Parada do Orgulho Gay” que contou com centenas de pessoas nas ruas de Nova York.
A partir daí o movimento só cresceu, de algumas milhares de pessoas, as paradas começaram a receber o público de milhões e se espalhar, primeiro dentro dos Estados Unidos e depois para diversas partes do mundo.
No Brasil a luta da comunidade por direitos básicos também foi intensa. Nas décadas de 70 e 80 o grupo estava junto com outros movimentos pelos direitos civis (como negros e feministas) em protestos por melhores condições de vida e contra o fim da Ditadura Militar.
No ano de 1995 foi realizada em São Paulo a primeira parada LGBT (sigla utilizada na época) e que contou com alguns milhares de pessoas. Nos anos seguintes o número de pessoas aumentou excepcionalmente, chegando a mais de 3 milhões na capital paulista, e com paradas semelhantes em diversos municípios brasileiros.
Todos esses acontecimentos e a pressão política desses grupos fez com que, nos EUA e Brasil (além de diversos outros países), a comunidade LGBTQIA+ começasse a ter seus direitos básicos reconhecidos. No Brasil, em 2019, a homofobia foi considerada crime por lei, ancorada pela lei que combatia o racismo, existente no país a décadas.
Pink Money
Com o movimento pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ crescendo cada vez mais, muitas empresas aproveitaram a oportunidade para participar dessa luta demonstrando apoio ao grupo em seus perfis em redes sociais ou mesmo no design de suas páginas.
Porém, o que deveria ser uma demonstração de apoio, em muitos casos se mostra apenas uma oportunidade de faturar mais. E essa prática tem um nome: pink money ou “dinheiro rosa” na tradução literal. O pink money consiste em decorar as redes sociais com as cores do movimento ou fazer postagens sobre o tema, mas não criar nenhuma mudança prática em relação ao grupo.
Dessa forma as empresas se beneficiaram da imagem de quem está lutando junto (e consequentemente aumentando o seu público-alvo), mas na verdade está apenas usando o mês do orgulho LGBTQIA+ para vender para esse grupo, sem realizar mudanças ativas no seu dia-a-dia, como a contratação de pessoas da comunidade ou práticas que visem a diminuição do preconceito dentro da empresa.
Como criar uma estratégia de marketing digital para a data
O segredo para uma boa campanha de marketing digital envolvendo o mês do orgulho LGBTQIA+ é justamente esse, não aproveitar a data para trocar as cores de fundo do perfil, mas organizar a empresa para criar mais oportunidades para a comunidade.
De nada adianta fazer um discurso bonito nas redes sociais quando no dia-a-dia os funcionários são discriminados e não recebem as mesmas oportunidades do que os outros grupos. Realizando ações efetivas contra a descriminalização e o preconceito farão com que a mensagem da empresa seja genuína e certamente terá a eficácia desejada.
Portanto, antes de tudo, crie essas ações dentro da empresa e em seguida mostre para o seu público-alvo a preocupação de seu negócio com a igualdade de direitos, o fim do preconceito e as boas práticas necessárias para que a comunidade LGBTQIA+ possa conviver harmoniosamente com o restante da sociedade.
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